Para aqueles que gostam de filmes históricos, especialmente os épicos, "Coração Valente" tem um lugar especial pela riqueza de sua produção.O filme foi dirigido em 1995 por Mel Gibson, recebendo vários prêmios (1 Globo de ouro, 5 Oscar, 3 BAFTA e 1 MTV Movie) e trata da vida, luta e morte de William Wallace, um guerreiro escocês que se bateu contra os ingleses, buscando expulsá-los, para assim, consolidar a independência escocesa.
Wallace participou de batalhas importantes, venceu várias delas, valendo o reconhecimento pelos seus compatriotas, quando o conselho de nobres escoceses lhe atribuiu o título de "Defensor da Escócia".
No entanto, apesar desse apoio e reconhecimento, Wallace foi traído por nobres escoceses que armaram uma emboscada, favorecendo sua prisão e entrega ao rei Eduardo I, sendo condenado por traição à Coroa e executado em 1304, depois de inúmeros tormentos, teve sua cabeça cortada e fincada numa lança na torre de Londres.
A morte de Wallace não deteve a luta pela independência, que foi prosseguida por Robert de Bruce, nobre escocês cuja família pleiteava a "coroa" da Escócia, entre outras famílias.
Foi em Bannockburn, aos 24 de junho de 1314, que Robert de Bruce derrotou os ingleses e se reafirmou como rei, governando até 1328.
As relações entre as duas Coroas (Inglaterra e Escócia) continuaram razoavelmente pacificadas, sendo adotada uma política de casamentos entre aristocratas de um lado e outro da fronteira. No entanto, durante o reinado de Elizabeth I (1559-1603) a tensão entre a Casa Stuart (Escócia) e a Casa Tudor (Inglaterra) ficou bastante tensa, especialmente com o envolvimento da rainha Mary Stuart numa conspiração junto com Felipe II de Espanha para a deposição de Elizabeth I e a ascensão de Mary como "rainha da Inglaterra", articulando a restauração do catolicismo no reino inglês.
Felipe II tentara a invasão da Inglaterra em 1588 com uma imensa esquadra (130 navios, tripulados por 8000 marinheiros, transportando 18.000 soldados), que ele denominara de "Invencível Armada", mas isso não foi suficiente para submeter os ingleses, os quais resistiram com a intensa ação de seus navios de guerra, seus corsários liderados por Francis Drake e Walter Raleigh e todos os navios que pudessem ali concentrar sua resistência.
A Inglaterra sobreviveu, sendo vencedora e abriu um período de significativa prosperidade, tanto interna quanto externa, mas o fato de Elizabeth I não ter se casado e gerado um herdeiro fez com que o trono inglês passasse a seu parente mais próximo, Jaime VI rei da Escócia (filho de Mary Stuart) e que assim, levou a dinastia Stuart ao governo da Inglaterra, Gales e Irlanda e dessa forma, todas as regiões das Ilhas Britânicas estavam sob um único soberano.
Em 1707, com a assinatura do Ato de União, a Escócia se uniu à Inglaterra, e assim se formou o "Reino Unido da Grã-Bretanha" e assim permaneceu ao longo de três séculos, passando os reinados das dinastias Stuart(1603-1714), de Hanover(1714-1917) e de Windsor (1917 até hoje) Desde 1999, a Escócia tem um Parlamento, dotado de moderada autonomia(responsável por discutir temas como educação e saúde), mas é dependente das decisões vindas de Londres para temas como finanças e defesa.
Neste ano de 2014 teremos os "700 anos da batalha de Bannockburn" e parece que os "vultos" de Wallace e Robert de Bruce voltaram do mundo dos mortos para assombrar Londres.
O Partido Nacional Escocês(em inglês SNP), liderado por Alex Salmond, que é o primeiro-ministro autônomo do governo escocês, que alias, fora indicado pela rainha Elizabeth II, quer a independência da Escócia, mantendo a rainha como Chefe de Estado e a libra como moeda.
Já ocorrera uma tentativa em 2010, mas fora derrotada pelo Parlamento. Como o SNP obteve a maioria no Parlamento escocês, a proposta de um referendo foi aprovada e a data está marcada para 18 de setembro de 2014.
Neste projeto separatista, Salmond defende que, os recursos oriundos da indústria pesqueira e do whisky, da exploração petrolífera e da agricultura, somados à carga tributária arrecadada pelos contribuintes escoceses, seriam suficientes para a manutenção da "Escócia independente" que por exemplo, não precisaria gastar elevados recursos com defesa como na manutenção de um arsenal nuclear.
O possível "desmonte" do Reino Unido tem preocupado significativamente o primeiro-ministro David Cameron, que almeja a continuidade do Partido Conservador no governo, que enfrentará as urnas em 2015, buscando fazer junto com o restante da UE, a saída da crise financeira, a retomada do crescimento econômico e a manutenção da posição da Grã-Bretanha enquanto liderança na Europa ocidental.
Mas cabe a pergunta: apesar dos anseios dos políticos ingleses e escoceses, qual será a posição da população escocesa? Haverá uma maioria?
Sugestões do Gabinete:
Coração Valente. Direção de Mel Gibson, 1995, 177min.
Elizabeth: a Era de Ouro. Direção de Shekhar Kappur, 2007, 114min.
Inglaterra, 1585. Elizabeth I está quase há três décadas no comando da Inglaterra, mas ainda precisa lidar com a possibilidade de traição em sua própria família, que tem como aliado e apoiador nesta conspiração, Felipe II, rei da Espanha.
Apoiado pelo papa Gregório XIII, Felipe II planeja destronar a "herege" Elizabeth I, que é protestante, e restaurar o catolicismo na Inglaterra. Preparando-se para entrar em guerra, Elizabeth busca equilibrar as tarefas da realeza com uma inesperada vulneabilidade, causada por seu amor proibido com o aventureiro Sir Walter Raleigh.
O Partido Nacional Escocês(em inglês SNP), liderado por Alex Salmond, que é o primeiro-ministro autônomo do governo escocês, que alias, fora indicado pela rainha Elizabeth II, quer a independência da Escócia, mantendo a rainha como Chefe de Estado e a libra como moeda.
Já ocorrera uma tentativa em 2010, mas fora derrotada pelo Parlamento. Como o SNP obteve a maioria no Parlamento escocês, a proposta de um referendo foi aprovada e a data está marcada para 18 de setembro de 2014.
Neste projeto separatista, Salmond defende que, os recursos oriundos da indústria pesqueira e do whisky, da exploração petrolífera e da agricultura, somados à carga tributária arrecadada pelos contribuintes escoceses, seriam suficientes para a manutenção da "Escócia independente" que por exemplo, não precisaria gastar elevados recursos com defesa como na manutenção de um arsenal nuclear.
O possível "desmonte" do Reino Unido tem preocupado significativamente o primeiro-ministro David Cameron, que almeja a continuidade do Partido Conservador no governo, que enfrentará as urnas em 2015, buscando fazer junto com o restante da UE, a saída da crise financeira, a retomada do crescimento econômico e a manutenção da posição da Grã-Bretanha enquanto liderança na Europa ocidental.
Mas cabe a pergunta: apesar dos anseios dos políticos ingleses e escoceses, qual será a posição da população escocesa? Haverá uma maioria?
Sugestões do Gabinete:
Coração Valente. Direção de Mel Gibson, 1995, 177min.
Épico ambientado na Escócia, entre o fim do século
XIII e início do século XIV, quando o rei inglês Eduardo I tentava submeter o país a seu domínio, mas encontrou uma forte
resistência local sob a liderança de William Wallace.
Elizabeth: a Era de Ouro. Direção de Shekhar Kappur, 2007, 114min.
Inglaterra, 1585. Elizabeth I está quase há três décadas no comando da Inglaterra, mas ainda precisa lidar com a possibilidade de traição em sua própria família, que tem como aliado e apoiador nesta conspiração, Felipe II, rei da Espanha.
Apoiado pelo papa Gregório XIII, Felipe II planeja destronar a "herege" Elizabeth I, que é protestante, e restaurar o catolicismo na Inglaterra. Preparando-se para entrar em guerra, Elizabeth busca equilibrar as tarefas da realeza com uma inesperada vulneabilidade, causada por seu amor proibido com o aventureiro Sir Walter Raleigh.
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