A ideia de “reforma” não era nova na Igreja Católica. Já
fora defendida com sucesso pelos monges de Cluny, durante a Baixa Idade Média
, culminando com a vitória
dos reformistas sobre os simoníacos e a ascensão de Hildebrando, superior de
Cluny que assumiu a tiara papal com o nome de Gregório VII.
Mas a
Igreja Católica ainda estava entorpecida pelo poder que dispunha em uma sociedade
profundamente arraigada à religião. Cresciam as denúncias de abusos de poder,
descaso com o sagrado, da vida mundana que levavam os membros do clero, além da
prática de simonia (venda de cargos e de relíquias), levando boa parte da doutrina católica à
desmoralização.
O Cativeiro de Avignon (1377-1417), nome dado ao episódio em que
o Papa Bonifácio VII foi aprisionado pelo rei Felipe IV e levado para a França,
desmoralizou ainda mais o papado perante o povo, que se afastava cada vez mais
da fé católica. Não se pode esquecer de que esses fatos não afastaram a
população europeia do Cristianismo, o que pode ser testemunhado pelas numerosas
demonstrações de fé nas heresias medievais que serviram de ligação entre Deus e
a população abandonada pela Igreja.
John
Wiclif, inglês e professor em Oxford, lançou um movimento considerado herético
pela cúpula da Igreja Católica, uma vez que combatia a centralização papal e
propunha a diminuição da importância do clero. Além disso, defendia o confisco
dos bens da Igreja e a adoção de votos de pobreza para todo o clero – prática
comum entre os franciscanos. Wicliff foi condenado como herege e só não foi
executado devido à proteção que recebeu da monarquia inglesa.
John Huss,
professor da Universidade de Praga, não teve tanta sorte. Iniciou junto aos seus
alunos uma série de críticas à estrutura rígida da Igreja e acabou sendo
chamado a Roma para retratar-se. Foi acusado de heresia e queimado vivo em
1415, ficando para a posteridade como um herói nacional da região da Boêmia (atual República Tcheca).
Era nesse
ambiente que apareciam diversas propostas que visavam a interpretar de maneira
diferenciada o cristianismo. Como já foi dito, tais movimentos imaginavam ser
possível reformar o catolicismo. O aparecimento de novas religiões foi fruto da
própria intransigência da cúpula clerical e, em grande medida, do fato de
existirem grupos políticos e econômicos fortes, dispostos a enfrentar o papado
e arcar com as consequências de serem vistos pelos outros como hereges.
REFORMA NO SACRO IMPÉRIO
GERMÂNICO
No início
do século XVI, o papado encontrava dificuldades para concluir a construção da
Basílica de São Pedro e decidiu ampliar a venda de indulgências, com o objetivo
de levantar recursos para a conclusão da obra.
As Cartas
de Indulgências eram documentos que poderiam ser adquiridos mediante um
polpudo pagamento. Aquele que estivesse de posse de uma carta como essa estava
liberado do cumprimento da confissão quando se apresentasse a um padre. A
oficialização do comércio de um dos sacramentos incomodou profundamente os
cristãos mais dedicados.
A crise
estourou no Sacro Império Romano Germânico, especificamente na Alemanha, país
em que a Igreja Católica possuía nada mais do que um terço das terras férteis,
o que despertava imensa insatisfação por parte dos nobres e comerciantes da
região.
Em 1517, Martinho
Lutero, que era monge agostiniano e professor de teologia na
Universidade de Wüttenberg, revoltou-se contra as indulgências, que, na
Alemanha, eram vendidas pelo bispo Tetzel. Afixou na Catedral da cidade as chamadas
95 Teses contra a Igreja contra o papado e os
dogmas da Igreja Católica:
1 Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2 Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6 O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
20 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23 Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
A Igreja reagiu
e, em 1520, enviou para Wüttenberg uma bula papal, exigindo a retratação de
Lutero, que queimou o documento em praça pública. O reformista alemão foi
excomungado pelo Papa Leão X, e foram dados os primeiros passos para que Lutero
fosse preso e devidamente executado. Entretanto, a Igreja não conseguiu levar
adiante o processo contra Lutero. O monge recebeu abrigo do Duque da Saxônia,
que, representando a nobreza alemã, protegeu o professor com objetivos bastante
ousados. Sob essa proteção, Lutero começou a elaborar uma nova doutrina
religiosa.
Durante
esse período, Lutero lançou as bases de sua doutrina, traduzindo a Bíblia para
o alemão e rejeitando a hierarquia religiosa, o culto de imagens e o celibato
dos clérigos. Também defendia que a livre interpretação da Bíblia
deveria ser o único dogma, enquanto a fé seria considerada a única fonte de
salvação. A maioria dos sacramentos católicos foi extinta nessa nova religião,
preservando-se apenas o batismo e a eucaristia. Destaca-se o fato de Lutero não
aceitar o dogma católico da transubstanciação (transformação do pão e vinho em
corpo e sangue de Cristo), defendendo apenas a presença do Espírito Santo no
pão, isto é, a consubstanciação.
Carlos V,
imperador do Sacro Império Romano Germânico, convocou a Dieta de Worms , onde
tentou convencer os príncipes alemães a condenar Martinho Lutero e obter uma
retratação do monge, mas não teve sucesso. Estava decretada oficialmente a
divisão da Igreja Cristã Ocidental. Nascia o movimento protestante.
Em 1522,
explodiu uma revolta da baixa nobreza alemã contra a Igreja Católica e os
grandes senhores feudais. Lutero condenou o movimento e exortou os príncipes
alemães a destruí-los.
Em 1524, o pastor Thomas Münzer, seguidor do
luteranismo, sublevou os camponeses alemães. Inspirando-se na ideia de que as
Sagradas Escrituras não reservavam as terras para os senhores e a Igreja,
procurou organizar os mais pobres para tomar as áreas expropriadas. O movimento
liderado por Münzer ficou conhecido como “anabatista”, que acreditava que o
pastor seria o responsável por implantar o “reino cristão de mil anos”. Os
anabatistas também eram milenaristas, isto é, aguardavam o retorno de Jesus que,
estando na terra pela segunda vez, instituiria um reino de dez séculos e uma
sociedade igualitária.
Tal revolta
também foi condenada por Lutero, referindo-se aos rebeldes como “cães raivosos”
e “saqueadores assassinos”. Isso deixava claro seu compromisso com os príncipes
que o salvaram da fogueira. O movimento foi esmagado pela alta nobreza, Münzer
foi decapitado e milhares de camponeses morreram massacrados.
Em 1529, o
imperador Carlos V convocou a Dieta de Spira, em que propôs aos luteranos a
permanência destes no império, desde que, em troca, prometessem não aceitar
novos membros. Os luteranos negaram-se e, a partir de então, foram alcunhados
de "protestantes".
Muitos
príncipes alemães viram no luteranismo uma oportunidade de tomar as terras da
Igreja e destituir o imperador. Começou, assim, uma guerra civil que só chegou
ao fim em 1555, com a Paz de Augsburgo, em que o Imperador
delegava aos nobres a escolha da religião de seus súditos.
REFORMA NA SUÍÇA
João
Calvino nasceu na França e foi encaminhado à carreira eclesiástica por seu pai,
profundamente influenciado pelos eventos liderados por Martinho Lutero e Ulrich
Zwingli, o reformador suíço, seguidor de Erasmo de Roterdam, e que perdeu a
vida durante uma guerra civil-religiosa em seu país, a Suíça.
Calvino
publicou a obra Instituição da Religião Cristã (1536), em que expôs os
fundamentos de sua doutrina. Fixou-se em Genebra, rica cidade de mercadores, e
transformou-a em sua "Jerusalém reconstruída", de onde controlava
rigidamente os costumes através de suas Ordenações
Eclesiásticas e do Consistório,
composto por três sacerdotes da cidade e 12 dos mais respeitados burgueses
eleitos por um conselho municipal.
O
Consistório regulava a vida dos habitantes com o mesmo rigor da Santa
Inquisição. Inclusive, o sábado foi resgatado como o dia mais sagrado da
semana, em oposição a católicos e protestantes, que guardam o domingo.
A Reforma
Calvinista foi mais radical que a Luterana, uma vez que aboliu totalmente os
ornamentos e imagens e pregava a salvação pela fé baseada na predestinação.
Segundo Calvino, o ser humano é pecador e somente a graça divina, manifestada
em favor dos eleitos, pode salvar o fiel do inferno. Esse perdão divino poderia
vir na forma de prosperidade econômica, que seria atingida pelo indivíduo em
seu ramo de trabalho. Dessa forma, Calvino condenava a miséria e a preguiça,
enquanto o trabalho era exaltado como meio de acesso ao paraíso.
Em Genebra,
Calvino instalou uma academia destinada à formação de pastores que percorreriam
toda a Europa disseminando a nova religião. O alcance foi extraordinário, pois
não faltavam cristãos que não viam nenhum mal em acumular capital. Assim, os
calvinistas ficaram conhecidos como puritanos
na Inglaterra, huguenotes na França,
presbiterianos na Escócia, ou
simplesmente calvinistas em outras partes do Ocidente. Na França, também eram
chamados de protestantes, assim como os luteranos.
REFORMA NA INGLATERRA
O movimento
reformista que ocorreu na Inglaterra precisa ser diferenciado daqueles que o
antecederam diretamente. Se antes havia claras divergências doutrinárias entre
os preceitos católicos e aqueles pregados por Lutero e Calvino, o caso inglês
deve ser visto como um problema no qual os interesses políticos estavam acima
dos religiosos.
O rei
inglês, Henrique VIII, era casado com a nobre espanhola Catarina de Aragão, da
poderosa Dinastia Habsburgo, cujo sobrinho, Carlos V, era imperador do Sacro
Império Romano Germânico. O problema todo se estabeleceu à medida que se
constatava a impossibilidade da esposa do monarca em dar à luz um herdeiro
masculino. Após seis gestações e uma sucessão de abortos e crianças natimortas,
havia apenas uma herdeira, a princesa Mary. Então, o rei decidiu pela separação
e pediu ao Papa Clemente VII a anulação de seu casamento.
Diante da
negativa papal a seu pedido de divórcio, Henrique VIII rompeu com a Igreja
Católica e fez que o Parlamento aprovasse o Ato de Supremacia (1534), segundo o qual nenhuma lei estabelecida
fora da Inglaterra poderia ter validade no reino. Por este ato, o rei seria o
chefe supremo da Igreja na Inglaterra, depois batizada com o nome de Anglicana:
Apesar de a Majestade do rei ser e dever ser, devida e legalmente o governo da Igreja da Inglaterra, sendo também reconhecido pelo sacerdócio deste reino em suas convocações, já, todavia, por corroboração e confirmação disso – para o aumento da virtude na religião de Cristo dentro deste reino de Inglaterra e para reprimir e extirpar todos os erros, heresias, e outras atrocidades e abusos até aqui cometidos. Seja promulgado, pela autoridade deste presente Parlamento, que o rei, nosso soberano senhor, seus herdeiros e sucessores; reis deste reino, serão tomados, aceitos, e reputados por única e suprema liderança da Igreja da Inglaterra, em toda a terra, chamada Eclésia (Igreja) Anglicana; e terá e desfrutará – além da coroa imperial do reino – dos títulos e estilos de todas as honras, dignidades preeminências, jurisdições, privilégios, poderes, imunidades, lucros e mercadorias, que se façam jus a dignidade do supremo líder da dita e referida Igreja. E ainda que nosso soberano senhor, seus herdeiros e sucessores; reis deste reino, deverão ter poder para, de tempos em tempos, averiguar, reprimir, reparar, anotar, ordenar, corrigir, refrear e emendar todos tais erros, já citados a saber heresias, abusos, ofensas, descasos e torpezas quaisquer que sejam; os quais por qualquer razão – seja de autoridade espiritual ou jurisdição – devam ser legalmente reformados, reprimidos, recompostos, reparados, corrigidos, refreados ou emendados, para o deleite do Deus Todo Poderoso, para o aumento da virtude da religião de Cristo e para a conservação da paz, da unidade e tranquilidade deste reino. No mais, qualquer uso, terra estrangeira, autoridade estrangeira, prescrição, ou qualquer coisa contrária a isso não subsistirá.
Henrique
VIII foi excomungado pelo Papa, o que não significou muita coisa, pois o
monarca dava demonstrações de ter o pleno controle da situação. O rei inglês,
então, casou-se pela segunda vez com uma dama da corte, chamada Ana Bolena, sua
amante já de longa data. Além disso,
aproveitou a oportunidade para livrar-se de vez de qualquer tipo de
influência externa, principalmente de Roma. Assim, confiscou enorme quantidade
de bens e terras da Igreja que estavam na Inglaterra, Escócia e Irlanda.
Essas
medidas fizeram que o Reino Unido tivesse o seguinte panorama religioso: na
Inglaterra, a religião oficial era a anglicana, que recebeu o apoio de vários
setores da nobreza; a população comerciante inglesa, camponeses e burgueses
dividiam-se em calvinistas e uma minoria de católicos. Na Escócia, predominavam
presbiterianos (calvinistas), enquanto a Irlanda tornou-se uma ilha católica.
O anglicanismo preservou muitas semelhanças com a religião
católica, como por exemplo a hierarquia eclesiástica, cujo topo era ocupado
pelo rei, seguido pelos bispos e depois os padres, os quais não eram obrigados
a cumprir o celibato, podendo, portanto, se casar.
O culto substituiu gradativamente o
latim pelo inglês e a eucaristia era vista como a presença espiritual de
Cristo, sem a mudança de matéria pregada pelo catolicismo. A salvação estava na
fé e a Igreja Anglicana seria útil para alcançar esse caminho, tendo ainda a
figura dos santos e mártires como exemplos da conduta cristã, mas sem
destinar-lhes um culto especial.
Catarina e a pequena princesa Maria foram enviadas para a
Espanha, já que Henrique VIII providenciara a anulação do casamento. Com a
separação, o próximo passo foi buscar uma nova esposa, a qual pudesse gerar um
varão e assim assegurar a sucessão do trono. A escolhida foi uma jovem que
fazia parte do círculo da corte inglesa: Ana Bolena, mas, ironicamente,
Henrique teve com ela uma outra filha, a futura Elisabeth I.
O
casamento malogrou em virtude da acusação sofrida por Ana de ser adúltera e
atentar contra a vida do rei. Ela foi presa, julgada e condenada à morte. A
princesa Elisabeth foi educada longe da corte e sem sofrer nenhum tipo de
pressão, pelo menos enquanto o pai esteve vivo.
Foi em
seu terceiro casamento que Henrique conseguiu ter o sonhado filho: a nova
esposa, Jane de Seymour, dera a luz em 1536 ao futuro rei Eduardo VI, mas Jane
não conseguiu sobreviver às complicações do parto, morrendo alguns dias depois.
Henrique ainda se casou mais três vezes, não teve mais filhos e acreditava que
com o nascimento do varão, o reino estava salvo.
Fonte: Atlas de História Geral –
Hilário Franco Jr; Ruy de O. Andrade, Editora Scipione.
CONTRARREFORMA
Diante das
reformas que se multiplicavam por toda a Europa, a Igreja Católica precisava
tomar uma atitude. É bem verdade que uma série de movimentações internas já
sinalizava com a possibilidade de transformações, mas não há dúvida de que tais
medidas foram aceleradas pela iminência de uma conversão em grande escala de
católicos para linhas de pensamento protestantes. Assim, o Papa Paulo III
convocou o Concílio de Trento (1545-1563), que estabeleceu uma série de
determinações.
Vários
princípios foram mantidos ou confirmados, como a presença de Cristo na
Eucaristia, a salvação pela fé e pelas obras, os sete sacramentos (batismo,
eucaristia, crisma, penitência, unção dos enfermos, matrimônio e ordem), o
culto à Virgem Maria e aos santos. Estabeleceu-se também a confirmação da
infalibilidade do papa e sua supremacia sobre toda a cristandade. Foi reafirmada
a tradição eclesiástica: as interpretações dos padres, papas e Concílios eram
reforçadas como fontes de salvação, bem como a Vulgata, tradução latina do texto em grego feita por São Jerônimo
no século IV. O celibato clerical foi mantido, mas, para acabar com a gritante
ignorância que tomava conta do clero, foram criados os seminários para a
formação de sacerdotes.
Foi
elaborado o Index Librorum Prohibitorum (Lista de Livros Proibidos),
que nada mais era do que uma relação dos livros que todos os católicos
jamais deveriam ler. Finalmente, foi restaurada a Santa Inquisição ou Tribunal
do Santo Ofício, ressuscitando a perseguição aos hereges, bruxos, protestantes,
judeus, cientistas e todo aquele que tivesse um comportamento incompatível com
aquele pregado pela Igreja.
Para conter
a expansão do protestantismo, a Igreja Católica abriu espaço para uma nova
ordem religiosa, a Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, nobre de
origem espanhola que trocou o exército pelo serviço a Deus, fazendo voto de
pobreza e de castidade. A nova ordem foi reconhecida em 1540 pelo Papa Paulo
III. Os jesuítas, ou os “soldados de Cristo”, desenvolveram um trabalho de
evangelização no norte da Europa, fundando colégios e atraindo os filhos de
famílias abastadas, além de expandirem em direção ao Novo Mundo (América) no intuito de cristianizarem os índios, fortalecendo a posição católica nas novas terras colonizadas.