As Ricas Horas do Duque de Berry

As Ricas Horas do Duque de Berry
As Ricas Horas do Duque de Berry. Produção dos irmãos Limbourg - séc. XV. Mês de julho

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Israelenses descobrem joias de 3.000 anos escondidas em cerâmica

Fonte: Folha de São Paulo

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE"



Por volta do ano 1100 a.C., a dona de uma requintada coleção de joias resolveu escondê-las numa vasilha de cerâmica, enrolando brincos e anéis de ouro em pedaços de tecido. Não se sabe por que ela fez isso, mas arqueólogos israelenses acabam de trazer esse tesouro à tona.
O achado ocorreu em Megido, antiga cidade do norte de Israel que é uma das mais estudadas recentemente.

Segundo os especialistas da Universidade de Tel Aviv, liderados por Israel Finkelstein e David Ussishkin, tanto a abundância de ouro quanto a presença de certas pedras semipreciosas entre os artefatos sugerem influência cultural e econômica do Egito sobre os moradores da cidade.

Faz sentido quando se considera o período em que se encaixam os achados. Trata-se de uma época nebulosa, o início da Idade do Ferro, quando as tribos que passariam a ser conhecidas como israelitas (ancestrais dos atuais judeus) ainda não tinham grandes assentamentos.
Por outro lado, algumas antigas cidades-Estado, como a própria Megido, ainda resistiam, mantendo seus elos com os egípcios, antigos senhores da Palestina que, no século anterior, tinham perdido seu domínio por causa de invasores bárbaros.

Não se sabe exatamente quando, mas Megido acabou sendo incorporada ao reino de Israel. A cidade era importante por estar localizada numa rota-chave entre a Síria e o Egito, o que explica a riqueza dos achados.

Esse papel estratégico também fomentou batalhas, como a que levou à morte do rei israelita Josias em 609 a.C.

Em comunicado, Finkelstein e seus colegas afirmam que seu próximo passo é analisar quimicamente as joias, o que trará dados mais claros sobre o seu local de origem.



Jack Guez/France Presse
Brinco de ouro com imagens de íbex (cabra selvagem) e outras joias foram encontrados na cidade de Megido
Brinco de ouro com imagens de íbex (cabra selvagem) e outras joias foram encontrados na cidade de Megido


sábado, 12 de maio de 2012

Cientistas desvendam segredos de 'computador' de 2 mil anos

Fonte: G1 by BBC - Brasil

12/05/2012 10h48- Atualizado em 12/05/2012 11h03

Mecanismo era usado na Grécia antiga para calcular eclipses solares e datas de Olimpíadas.

Da BBC
3 comentários

Os segredos de um objeto considerado o computador mais antigo do mundo foram revelados com o uso de um equipamento de Raio X. Assista ao vídeo.
O mecanismo Antikythera, como é conhecido, tem cerca de 2 mil anos e foi encontrado em 1901 quando um grupo de mergulhadores chegou a um antigo navio romano naufragado na costa da Grécia.
O objeto tem o tamanho aproximado de um laptop moderno e, dentro dele, estão várias rodas de transmissão e engrenagens.
Ele teria sido usado para prever eclipses solares e, de acordo com descobertas recentes, o mecanismo também servia para calcular as datas de Olimpíadas na Grécia Antiga.
Cientistas desvendam segredos de 'computador' de 2 mil anos (Foto: BBC)Cientistas desvendam segredos de 'computador' de 2 mil anos (Foto: BBC)
A equipe internacional de cientistas conseguiu juntar em um computador mais de 3 mil projeções de taios X, montando um taio X em 3D.
Com estas imagens, os cientistas conseguiram compreender o mecanismo e suas engrenagens.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Antony Gormley em São Paulo

Caros leitores,

Como sugestão para o fim de semana que se aproxima, uma exposição  de arte contemporânea no Centro Cultural Banco do Brasil, de São Paulo:

Fonte: Portal G1

11/05/2012 08h00- Atualizado em 11/05/2012 08h00

'Queria fazer a ponte mais curta entre vida e arte', diz Antony Gormley

Mostra 'Corpos presentes' abre neste sábado (12) no CCBB, em São Paulo.
Artista britânico colocou 27 esculturas no topo de edifícios da região central.

Flávio SeixlackDo G1, em São Paulo
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Escultura de fibra de vidro no topo de prédio na região central de São Paulo, parte da mostra 'Corpos presentes', do artista britânico Antony Gormley (Foto: Caio Kenji/G1)Escultura de fibra de vidro no topo de prédio na
região central de São Paulo, parte da mostra
'Corpos presentes', do artista britânico Antony
Gormley (Foto: Caio Kenji/G1)
Não será necessário que chamem a polícia ou os bombeiros os paulistanos que olharem para cima e se depararem com corpos estáticos no topo de edifícios do centro da cidade neste fim de semana. É bom deixar claro: não se trata de um suicídio em massa ou coisa do tipo, mas sim de 27 esculturas do artista britânico Antony Gormley, parte da mostra “Corpos presentes”, que tem seu núcleo no Centro Cultural Banco do Brasil e abre neste sábado (12).
Além de estarem na parte mais alta dos prédios, há também quatro esculturas no chão pelas redondezas. No CCBB, 11 obras, 50 maquetes, nove gravuras, 25 fotos e seis vídeos completam a exposição, que tem entrada franca e acontece entre 12 de maio e 15 de julho. A força do trabalho, claro, está em “Event horizons” (27 figuras em tamanho real feitas de fibra de vidro) e “Critical mass II” (60 figuras em tamanho real feitas em ferro fundido).
Gormley não gostaria de ter que explicar suas obras para as pessoas. “Quanto menos você sabe, melhor é sua resposta”, disse, em conversa com a imprensa no CCBB. “Acho que é muito perigoso confundir as intenções do artista com o significado do trabalho. Significado é algo múltiplo e mutável e a questão de fazer exposições em diferentes partes do mundo, para mim, serve para ver o que esses objetos conseguem provocar. Quero colocar o público na posição de questionar: 'que diabo é isso, por que está aqui?' Não há apenas uma resposta”, completou.
Corpos presentes (Foto: Caio Kenji/G1)Escultura em paisagem do centro paulistano (Foto: Caio Kenji/G1)
A escolha do CCBB e do centro da maior cidade do Brasil para receber “Corpos presentes” deixou o artista muito satisfeito. “Estamos acostumados a ver exposições dentro de instituições, em lugares fechados. Acho que o CCBB é notável por ser um espaço que está disponível para qualquer um”, disse, citando em seguida o Vale do Anhangabaú como um local especial da capital. “Amo a ideia de que, bem no meio dessa cidade, temos a memória de algo perdido, que de certa forma existiu antes de nossa sociedade. O eco disso está no centro. Foi realmente uma escolha óbvia, por ser um espaço que, de certa forma, diz algo sobre o lugar antes dele ser uma cidade”.

Muito mudou no Brasil desde que Gormley veio ao país há 20 anos para o encontro ambiental Eco 92, mas o britânico ainda se diz “fascinado” pelo que vê por aqui. “Acho que o Brasil sempre me interessou por conta de sua fluidez. Há uma hibridez e uma vitalidade nessa hibridez que é um modelo para o que penso no que deve ser um mundo pós-internacionalizado. Acho que o Brasil é um campo de teste muito importante para se criar uma noção de comunidade que não está baseada na raça ou no território”, afirmou.
Artista britânico Antony Gormley ao lado de obra exposta no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo (Foto: Caio Kenji/G1)Artista britânico Antony Gormley ao lado de obra exposta no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo (Foto: Caio Kenji/G1)
Tais características, de certa forma, colaboram para a forma pela qual as obras interagem com São Paulo. “A textura da cidade parece ter uma energia vital e inconsciente. A expressão material da população daqui é como qualquer outra forma de criação, como mofo e grama... Há prédios surgindo por todos os lados, uns mais finos, outros mais largos, e sempre muito próximos uns dos outros... acho isso revigorante”.
“Event horizon” já passou por Londres e Nova York e teve uma reação distinta em cada uma das cidades, o que faz Gormley não saber exatamente o que esperar do público brasileiro. “Em Nova York, com o nível de paranóia lá, todos falavam em suicídio. Acho que a presença de coisas incomuns nas ruas de São Paulo é muito normal, então pode até ser que ninguém note [as obras], o que seria bem bonito. Talvez as peças no chão sejam mais provocativas do que as dos prédios. Em Nova York foi o contrário, pois acho que ninguém nunca tinha visto a imagem de um corpo humano colado ao Empire State"
As obras de fibra de vidro e ferro fundido foram feitas baseadas na própria estrutura corporal de Gormley, algo intencional por parte do artista. “Não tenho o desejo de controlar os outros. Gostaria de fazer com que minha vida fosse o mais transparente e aberta possível. Não estou interessado na manipulação do externo”, explicou. “Por que fazer em outro corpo se você já tem um? Por que ignorar o fato de que esta é a única coisa que pertence a você? Minha intenção era a de fazer a ponte mais curta entre algo chamado vida e algo chamado arte”.
Exposição “Corpos presentes” em São Paulo
Quando: entre 12 de maio e 15 de julho
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Álvares Penteado, 112, Centro)
Quanto: grátis

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Coronel condenado por massacre de Eldorado dos Carajás é preso no Pará


Fonte: UOL 07/05/201216h15 Atualizada 07/05/201217h36
Após ter a prisão decretada pela Justiça do Pará nesta segunda-feira (7), o coronel Mário Colares Pantoja –condenado pela morte de 19 trabalhadores sem-terra no episódio que ficou conhecido como massacre de Eldorado dos Carajás (PA)– apresentou-se diretamente no presídio Anastácio das Neves por volta das 15h, acompanhado de seu advogado.
  • 18.ago.1999 - Marlene Bergamo/Folhapress
    O coronel Mário Pantoja durante julgamento em 1999
O presidio fica em Santa Izabel, nordeste do Pará, e só abriga servidores públicos e policiais. Além do coronel, também foi decretada a prisão do major José Maria Pereira de Oliveira. As mortes ocorreram em 1996. Pantoja foi condenado a 228 anos de prisão e Oliveira, a 158 anos. O major ainda não se apresentou nem se manifestou por meio de seu advogado --a ordem de prisão já está com a Delegacia Geral de Polícia.
O advogado do coronel Pantoja, Gustavo Pastor, disse que só aguarda o encaminhamento do processo para a Vara de Execuções Penais para pedir a transformação da sentença em prisão domiciliar. A justificativa é que o sentenciado tem problemas cardíacos. A expectativa do advogado é que a Vara Penal comunique a de Execuções Penais ainda esta semana. Quando isso ocorrer, ele protocolará o pedido.
Pantoja, segundo ele, sofre de arritmia cardíaca e ficou abalado com a prisão. O coronel está com 65 anos e foi orientado a se entregar no presídio Anastácio das Neves para evitar constrangimento. 
Dos 154 policiais denunciados pelo Ministério Público, no que ficou conhecido como o maior julgamento da história do Brasil, apenas dois foram condenados a pena máxima por homicídio doloso: Pantoja e Oliveira.No despacho de hoje, que expediu os mandados de prisão, o juiz Edmar Pereira, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Belém, considerou o “exaurimento das vias recursais perante o Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal”.Até hoje, ambos aguardavam em liberdade o fim do processo por força de um habeas corpus concedido pelo ministro Cezar Peluso, do STF (Supremo Tribunal Federal), em 2005. Anteriormente, os recursos apresentados no STJ (Superior Tribunal de Justiça) foram todos rejeitados.
Ainda resta ser julgado um recurso da defesa no STF que pede a anulação da sentença contra ambos. Em julho de 2011, Peluso adiou a decisão sobre um pedido de liminar feito pela defesa de Pantoja, que pede um novo julgamento.
Segundo o advogado, apesar de abalado, o coronel tem esperança que seu último recurso no STF seja julgado logo. O recurso está com a ministra da 5ª Turma do STF, Laurita Vaz. O advogado pretende pedir a aceleração do julgamento alegando a urgência causada pela recente prisão.
A condenação dos dois oficiais ocorreu no Tribunal do Júri seis anos depois do massacre, após um processo tão tumultuado quanto a operação policial em Carajás.

Relembre o episódio

O massacre ocorreu em 17 de abril de 1996, por volta das 17h, quando cerca de 1.100 sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) interditavam a rodovia PA-150, na altura da curva do “S”, em Eldorado dos Carajás (a 754 km de Belém).

CRONOLOGIA DO MASSACRE

  • 5.mar.96 - Fazenda Macaxeira, em Curionópolis (PA), é ocupada por mais de 1.200 famílias de sem-terra

    16.abr.96 – Grupo de 1.100 sem-terra, em marcha para Belém, obstrui a rodovia PA-150, em Eldorado dos Carajás (PA)

    17.abr.96 – Dia do massacre. Às 17h, operação da polícia para desobstruir a rodovia, ordenada pelo governador Almir Gabriel (PSDB), termina com a morte de 19 sem-terra. Outros 70 são feridos

    8.mai.96 – Perícia judicial divulga laudo no qual conclui que os sem-terra foram mortos com tiros à queima-roupa, pelas costas ou na cabeça, e com golpes de machado e facão

    09.jun.96 - Coordenado pelo coronel João Paulo Vieira, Inquérito Policial Militar indicia 156 PMs e inocenta Almir Gabriel. No segundo mandato do governador, Vieira é nomeado chefe da Casa Militar

    12.jun.96 – MP denuncia 155 PMs à auditoria militar (um motorista foi excluído do processo)

    16.ago.96 - Processo chega à Justiça comum. O juiz de Curionópolis, Laércio de Almeida Larêdo, aceita denúncia contra 155 PMs, um civil e três sem-terra

    25.out.96 - O processo é desmembrado em dois. A acusação de homicídio contra os 155 PMs fica na Justiça comum. A de lesões corporais vai para a Justiça Militar

    06.mai.97 - Dois novos juízes assumem o caso --Otávio Marcelino Maciel, na Justiça comum, e Raimundo Holanda, na Justiça Militar

    12.nov.97 – Maciel manda 153 PMs a júri popular por homicídio doloso; também são acusados um suposto pistoleiro e três sem-terra

    16.ago.99 – Tribunal do Júri absolve os três oficiais da PM envolvidos no caso --coronel Mário Colares Pantoja, major José Maria Pereira de Oliveira e capitão Raimundo José Almendra Lameira

    Abr.2000 – Tribunal de Justiça do Pará anula julgamento. Juiz Ronaldo Valle solicita o afastamento do caso. Maioria dos juízes consultados pelo TJ rejeita presidir o julgamento

    Jun.2001 – Novo julgamento, presidido pela juíza Eva do Amaral Coelho, é adiado após o MST contestar a retirada da perícia feita por Ricardo Molina do processo. O laudo apontava que os PMs dispararam primeiro contra os sem-terra

    Mai/jun.2002 – Julgamento é retomado; dos três oficiais acusados, coronel Pantoja e major Oliveira são condenados a 228 e 154 anos de prisão, respectivamente, com o benefício de recorrerem em liberdade. O júri inocentou os demais envolvidos

    Set/out.2005 – STF concede habeas corpus ao coronel Pantoja e, posteriormente, estende a decisão ao major Oliveira

    Ago.2009 – STJ nega recursos da defesa que pediam a anulação da condenação
  • 7.mai.2012 – Justiça do Pará determina a prisão do coronel Pantoja e do major Oliveira
Os manifestantes marchavam rumo à capital paraense para exigir a desapropriação da fazenda Macaxeira, em Curionópolis (PA), ocupada por 1.500 famílias havia 11 dias.
Do gabinete do governador Almir Gabriel (PSDB) partiu a ordem para “desobstruir” a via; o secretário de Segurança Pública, Paulo Sette Câmara, reforçou a orientação e autorizou o uso da força policial para tirar os manifestantes da rodovia.
Pantoja disse, em seu depoimento no Tribunal do Júri, que tentou argumentar com seus superiores para que a tropa de choque fosse chamada para a operação, já que seus comandados não teriam condições para cumprir a ordem, mas teve o pedido rejeitado.
Orientado a seguir com a desobstrução, o coronel partiu de Marabá com policiais munidos de armamentos pesados. No lado oposto da PA-150, a partir de Parauapebas, vieram os comandados de Oliveira, também fortemente armados. Na curva do "S", onde a multidão se aglomerava, os PMs utilizaram bombas de gás lacrimogêneo para liberar a rodovia.
Os sem-terra revidaram atirando pedras e paus contra os policiais. Em seguida, alguns PMs passaram a disparar com armas de fogo em direção aos manifestantes. Apesar dos tiros, a maioria das mortes não ocorreu no momento do enfrentamento, mas alguns instantes depois, quando os trabalhadores já estavam rendidos, segundo a perícia.
Os peritos constataram que a maior parte dos crimes teve características de execução, algumas delas com requintes de crueldade. A apuração dos crimes foi prejudicada porque os corpos foram retirados da cena do crime pelos policiais.
Além dos 19 mortos, cerca de 70 trabalhadores sofreram ferimentos graves e mutilações resultantes do uso de armas brancas pelos policiais. “Foi uma demonstração clara da violência do latifúndio e da polícia contra a luta dos trabalhadores pela terra”, analisa a historiadora e professora da USP Universidade de São Paulo), Zilda Iokói.
Dois promotores que defenderam a tese de que o MP deveria investigar a responsabilidade do governador e do secretário foram afastados pelo então Procurador-Geral de Justiça, Manoel Santino, nomeado secretário Especial de Governo no segundo mandato de Almir Gabriel.
O coronel João Paulo Vieira, encarregado do Inquérito Policial Militar, eximiu a cúpula do governo das responsabilidades e foi nomeado chefe da Casa Militar no governo posterior do tucano.
Outro inquérito para apurar o papel do governo no episódio, instaurado por determinação do STJ, foi arquivado após pedido da Procuradoria-Geral da República.
*Com informações de Sandra Rocha, em Belém

domingo, 6 de maio de 2012

Um "Raio-X" do ENEM


Caros leitores, 

Segue abaixo uma matéria que foi feita pela jornalista Nathália Goulart da Veja.com com base numa análise das 3 últimas provas do ENEM , das quais eu e o prof. Guibur fizemos o levantamento dos assuntos abordados e daí se elaboraram os gráficos que vocês tem abaixo.

A matéria não consegue "prever o futuro", mas serve de indicativo para a montagem de um roteiro de estudos.

Boa leitura!!


Vestibular

Raio-X do Enem: confira os conteúdos mais cobrados

Levantamento exclusivo analisa as 540 questões das provas realizadas entre 2009 e 2011 e mostra quais disciplinas aparecem mais no exame federal

Nathalia Goulart
Estudantes fazem a prova do Enem
Estudantes fazem a prova do Enem (Leonardo Wen/Folhapress)
Uma das características marcantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado em novembro, é a interdisciplinaridade. Dentro das quatro grandes áreas da prova (ciências humanas, da natureza, matemática e linguagem), os conteúdos se mesclam em questões que exigem leitura atenta e capacidade de análise. Uma tarefa vital para os estudantes que buscam um desempenho acima da média é mapear quais são os conteúdos  mais recorrentes do exame federal. É exatamente isso que mostra o levantamento apresentado abaixo. Com o auxílio de professores de três cursos especializados na prova – Anglo Vestibulares, Cursinho da Poli e Oficina do Estudante –, o site de VEJA produziu um raio-x dos temas que mais apareceram nas últimas três edições do Enem (2009, 2010 e 2011). É fundamental conhecer o perfil do exame nesse período: afinal, desde 2009, ele é usado por quase uma centena de universidades federais e estaduais de todo o país como parte do processo seletivo.
O levantamento destrinchou 540 questões (são 135 por superárea do Enem), determinando a qual disciplina se liga cada uma delas. Ele revela, por exemplo, que, na prova de ciências humanas, o período republicano da história do Brasil e meio ambiente estão entre os assuntos mais recorrentes, motivando 15 questões, no primeiro caso, e 11, no segundo, desde 2009. No caso da avaliação de matemática, funções registrou o maior número de ocorrências: 27. Na prova de ciências da natureza, as campeões são as questões de físico-química, com 19 ocorrências, eletricidade e mecânica, com 11 cada. Na avaliação de linguagem, interpretação textual aparece na frente, compondo 56 questões. É importante lembrar que, devido à interdisciplinaridade do exame, algumas questões tratam de mais de um conteúdo disciplinar (história do Brasil Colônia e do Brasil Império, por exemplo). Daí, o número de ocorrências apresentadas pelo levantamento superar o número total de questões avaliadas. Confira o levantamento a seguir.
Clique nas abas para escolher a área do Enem. Em seguida, passe o mouse sobre as barras para conferir o número de ocorrências do conteúdo na prova entre 2009 e 2011
*Colaboraram: Glenn van Amson e Eduardo Lopes, do Anglo Vestibulares; Elias Feitora e André Guibur, do Cursinho da Poli; Ângela Dauch, Anderson Dino e Mônica Nunes do Oficina do Estudante.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O Primeiro de Maio

Caros leitores,

Segue abaixo a integra de uma breve entrevista que dei sobre o "Dia do Trabalhador" para o Portal Terra.


1)     Como surgiu o Dia do Trabalhador?

A instituição do dia 1º de maio, como o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa para relembrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade de Chicago, estado de Illinois, EUA, Foi um movimento que reuniu milhares de trabalhadores protestando contra as condições desumanas de trabalho e a enorme carga horária pela qual eram submetidos (13 horas diárias), pois reivindicavam uma jornada de 8 horas, buscando uma melhor qualidade de trabalho e vida, expressa na tese: "8 horas de trabalho; 8 horas de lazer e 8 horas de descanso".
A greve paralisou os Estados Unidos. No dia 3 de maio, houve vários confrontos dos manifestantes com a polícia. No dia seguinte, esses confrontos se intensificaram, resultando na morte de diversos manifestantes.



2)     Quandoa data passou a ser comemorada no Brasil?
 No Brasil, a data já era comemorada em 1895, mas foi consolidada em 1924 no tumultuado governo de Artur Bernardes. Além disso, a partir do governo de Getúlio Vargas(1930-45), as principais medidas de benefício ao trabalhador passaram a ser anunciadas nessa data. Atualmente, inúmeros países adotam o dia 1° de maio como o Dia do Trabalho, sendo considerado feriado em muitos deles.
O Dia do Trabalhador, no Brasil, se transformou num momento em que os governos tiveram de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao dia do trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, em 01 de maio de 1943, por Getúlio Vargas, sendo a principal referência para a nossa atual legislação Trabalhista, que fora incorporada à Constituição de 1988.



3)     Em todo o mundo se celebra essa data em 1º de maio?
 Em 20 de junho de 1889, em Paris, a Segunda Internacional instituiu o mesmo dia das manifestações como data máxima dos trabalhadores organizados, para, assim, lutar pelas 8 horas de trabalho diário. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de trabalho de 8 horas e proclamou o dia 1° de maio como feriado nacional. Após a França estabelecer o Dia do Trabalho, a Rússia foi o primeiro país a adotar a data comemorativa, em 1920, dentro do processo de consolidação dos bolcheviques no poder sob a liderança de Lênin.
No Canadá e nos EUA, o Labor Day é comemorado na 1ª segunda-feira de setembro. No caso de Portugal, o 1º de maio voltou a ser feriado depois da queda da ditadura portuguesa, tendo a UGT(União Geral dos Trabalhadores) o papel de articuladora das manifestações dos trabalhadores portugueses.



4)     Há algum personagem de relevância na história do Dia do Trabalhador?
 O personagem em si é o trabalhador, sem um nome específico ou rosto, mas pensado no coletivo, daquela massa que saia de um turno da fábrica ou que estava entrando. No passado fora uma data de reivindicação de direitos ou de luta, hoje, coloca-se como um feriado que muitas centrais sindicais converteram em "showmício" com o sorteio de bens de consumo ou até mesmo imóveis, pelo menos no Brasil.
Fica como sugestão para entender melhor o tema no contexto de sua origem, a leitura do conto "Primeiro de Maio" que se encontra em Contos Novos, coletânea de contos de Mário de Andrade, publicada em 1947. Neste conto, o personagem "chapinha 35" se envolve em algumas confusões em virtude dos "usos" que a data estava ganhando pelo governo varguista.