As Ricas Horas do Duque de Berry

As Ricas Horas do Duque de Berry
As Ricas Horas do Duque de Berry. Produção dos irmãos Limbourg - séc. XV. Mês de julho

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

30ª Bienal de São Paulo busca 'beleza e inteligência em tempo de incerteza'


Fonte: Portal G1 03/09/2012 13h13 - Atualizado em 03/09/2012 13h47

Evento é aberto ao público geral na sexta (7) até o dia 9 de dezembro. 
Abertura à imprensa foi nesta segunda (3), custo total é R$ 22,4 milhões.

Obras de Arthur Bispo do Rosário em exposição na 30ª Bienal. (Foto: Guilherme Tosetto/G1)Obras de Arthur Bispo do Rosário em exposição
na 30ª Bienal. (Foto: Guilherme Tosetto/G1)
A 30ª Bienal de São Paulo, que neste ano tem a temática "A iminência das poéticas", foi aberta para a imprensa nesta segunda (3), com entrevista coletiva dos responsáveis pelo evento. A abertura para convidados acontece na terça (4), e para o público na sexta (7), até o dia 9 de dezembro.
Pela primeira vez a Bienal de São Paulo tem um curador de fora do espectro das artes brasileiras, o venezuelano Luis Péres-Orama. Ele anunciou que falaria em "portunhol" durante a entrevista coletiva. O objetivo desta edição é "buscar no tempo iminente de nosso mundo, quano se desmoronam todas as certezas, uma via de sobrevivência para a inteligência e a beleza", segundo o curador. "Queremos uma Bienal clara, não transparente; inteligente, não bombástica. Evitar a postura messiância e o maneirismo da confrontação pela confrontação", acrescentou Péres-Orama.
Bienal na cidade
Além da exposição principal no Pavilhão da Bienal no Parque Ibirapuera, a 30ª Bienal também estará espalhada pela cidade de São Paulo. Haverá trabalhos em vias públicas como a Avenida Paulista e a Estação da Luz. As obras também estarão presentes no Museu da Cidade, Masp, Museu da Faap e Instituto Tomie Ohtake.
O evento deste ano conta com mais de 3 mil obras, criadas por 111 artistas. Os trabalhos são apresentados em forma de "constelações", mostrando artistas como estrelas e indicando as proximidades entre eles. "As obras não produzem sentido sozinhas, mas em relação com o mundo e outras obras. A obra de arte única é um mito. Elas funcionam sistemicamente", acredita. Este caráter relacional é uma das marcas atuais da arte latinoamericana, segundo Péres-Orama.

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