Já estamos há pelo menos 2 semanas num estado de tensão social que, infelizmente, ainda é muito cedo para ser compreendido de forma definitiva e, tal fato se deve a falta de um modelo ou teoria que ajude a colocar luz na análise ou projeção de cenários futuros.
A redução de tarifas ocorreu em muitas cidades e assim, o que seria o " motivo" para as manifestações já poderia se considerar encerrado e as coisas voltariam ao " normal", porém a atitude repressiva dada a um movimento pacífico, apesar de poucos focos de vandalismo, fez com que a movimentação crescesse mais e mais.
Foi o autoritarismo impiedoso das autoridades que motivou a resistência, afinal, o que estava em jogo era a nossa liberdade de expressão e que fora jogada na sarjeta como reles vandalismo, por exemplo, pelo nosso governador Geraldo Alckmin.
Por outro lado, o vandalismo gratuito ou ainda, saques contra o patrimônio alheio por oportunistas não melhorarão em nada a atual conjuntura e com certeza servem apenas para " reiterar" os discursos autoritários.
Fernando Haddad, por sua vez, resistiu à redução querendo evitar uma atitude " populista" e no fim, rendeu-se ao clamor popular, apesar do eventual corte em investimentos em outros setores, como por exemplo, saúde e educação.
Bem, cabe a perguntar, porque cortar justamente numa seara tão castigada como os setores da saúde e educação? Por que não investir sobre os cargos de confiança? Por que não cortar os cargos na estrutura administrativa das três esferas (município, estado e federação ) e dos 3 poderes ( executivo, legislativo e judiciário) além de reordenar as prioridades de investimentos?
Outra pauta importante é a defesa das instiuições democráticas que precisam ser aprimoradas e não destruídas, afinal, não precisamos de modo algum passar por mais um regime autoritário.
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ResponderExcluirEssa retórica do sr. Haddad é pura ameaça. A prefeitura já vem subsidiando o transporte dos estudantes, idosos etc. há tempos (por exemplo: a cada 100 pessoas que pagam o valor "cheio", há 50 que pagam valor pela metade e esta conta não fecha).
ResponderExcluirSe cortar os investimentos na área de educação, quem sabe não melhora... o montante de dinheiro investido não é o que determina sua qualidade, mas como essa verba é investida (veja os números do Governo Federal: em 10 anos, houve aumento de 1,4% nos investimentos em relação ao PIB e a melhora não veio).
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